Esta era a figura que o Pilantras fazia quando vivíamos na Amadora. Entre eu e ele estava uma porta. Eu ouvia música, sentado numa cadeira e, de máquina na mão, click! Quando eu lhe tirei a foto ele terá pensado: "tu e o Quico deviam ser uns belos malucos pela música"! Pois, ele agora, está outro doidinho!
Tentei concentrar as minhas playlists na Rádio Ventor para ouvi-las, na Televisão, sempre que me apetecer. Por isso, acho melhor que estejam concentradinhas para não ter de andar sempre a procurá-las.
Mas um dos complementos das minhas noites são as minhasMúsicas de Sonhos
Ao mesmo tempo faço a partilha dos meus gostos pessoais pelas músicas que me tem sido permitido usar via Youtube.
Tudo isto a pedido do meu Pilantras que me dise que eu não percebia nada disto. Se queria ouvir as músicas e ver os vídeos, na Televisão, o melhor era concentrá-las todas num poste. Aqui estão elas, para mim, para o Pilantras para a nossa Dona e para quem quiser ouvi-las.
A RTP e o Ventor, estamos com o fado, durante o tempo que resta neste mês de Novembro
O fado da vida, da nossa vida, é tocado e cantado no mundo inteiro!
Esta noite, provavelmente, será cantado, em Bali, na Indonésia e, levado por consenso ou por votação, a Património Imaterial da Humanidade. Lá pelas 04:00h da manhã, em Portugal, o fado poderá enriquecer o Património Imaterial da Humanidade, documentalmente, porque, na prática, já o enriqueceu há muitos anos, lembrando-nos que a história do fado nos recorda que ele já existe desde meados do séc-XIX.
Deixo-vos aqui o fado, Maria Lisboa, da Amália Rodrigues. Dedico-o a todas as Marias e, especialmente, a uma amiga, ex-colega de trabalho, a Drª Maria Lisboa que, se um dia tropeçar neste meu Blog, verá que, os anos não matam, enquanto o nosso amigo Apolo nos iluminar
O Fado - painel do fado, por José Malhoa
Que melhor imagem para nos dar uma ideia clara do fado, que este painel de Malhoa?
Eu sempre achei este painel uma beleza. Ele representa uma tasca viva, onde se canta o fado, se vive e se chora a vida.
Amália, Arte de Rua em Lisboa, foto tirada da Wikipédia de autoria de Môsieur J.
Depois, esta foto que alguém retirou com a sua câmara de uma rua de Lisboa e faz com que eu a encare como o expoente máximo da chamada Arte da Rua. A figura da Amália Rodrigues, espreitada por mãos que viam! Para mim e por ser do meu tempo, o expoente máximo do fado, sem tirar o valor a outros que tão bem o cantam.
Uma estátua, na frente ribeirinha de Belém, virada para o rio Tejo, representando Amália Rodrigues numa guitarra rasgada
Esta guitarra que representa a Amália e o fado, a nossa canção nacional, olhando o Tejo e, homenageando Amália e, para mim, também, homenageando todos aqueles que, através dos tempos, partiram, cantando o fado da sua vida e, quantas vezes, sem regresso.
A guitarra portuguesa, uma foto wiki, que dizem resultar do cistre europeu renascentista
Eu, como já tenho dito por aqui, já fui anti-fado mas, apenas, nos tempos em que, no meu sangue, ainda corriam os vírus do vira, da cana verde, da chula, do "S" de Soajo, ... os tempos em que eu parava o fado para transmitir esse vírus às máquinas dos discos, nas tascas da Mouraria.
Concluindo, a minha vida também foi tocada pelo fado! Por isso, tal como qualquer lisboeta, ... tal como qualquer português, espero que o fado venha a ser reconhecido, como Património Imaterial da Humanidade. Afinal, os portugueses foram os pioneiros da globalização e também na música! Ainda hoje, segundo o que vão observando, mundo fora, o fado se canta em qualquer lado onde haja um português e, como sabemos, há portugueses no mundo inteiro, o que nos leva a acreditar que, votado ou por consenso, o fado será Património Mundial! Pelo menos, assim o espero.
Uma foto wiki, da autoria de trialsanderrors - Toni Frissell, Fado singer in Portuguese night club, Lisbon, 1946
No ano em que eu nasci, era assim a vida numa taberna de Lisboa. Hoje, as tabernas são as cores mas, a vida do fado continua a mesma! Cantar, beber e chorar!
O Ventor gosta de música e de instrumentos musicais e, entre eles, um dos mais apreciados é a gaita galega, como dizíamos em Adrão, 50 anos atrás