Kanimambo
Vou deixar aqui, a minha homenagem a um homem - João Maria Tudela - que faleceu hoje, vítima de AVC, no Hospital de Cascais.
Que melhor forma haveria de o fazer, que começar e acabar nestes curto espaço, com esta bela palavra daquela terra de sonhos a que os homens, um dia, deram o nome de Moçambique!
Kanimambo, João Maria Tudela.
Deixo aqui a música que te imortalizou.
Kanimaaaaaamboooooo!
Coloco este vídeo porque ele consegue transportar-nos à velha cidade de Lourenço Marques, a Princesa do Indico ou, como também se dizia, então, a cidade das acácias e, vim a saber depois, a cidade de João Maria Tudela, onde nasceu, em 1929
Ouvir João Maria Tudela, é levar-nos a passear pela Baía do Espírito Santo, onde, à chegada, no dia 25 de Janeiro de 1968, nos foi pedido para chegarmos, o máximo de homens (éramos cerca de 1.800), à parte direita da proa do navio Niassa, para ajudarmos os rebocadores a sacá-lo às areias que, transportadas do oceano Indico, para dentro da baía, por uma terrível tempestade que ali se chama monção, o prenderam ao fundo.
Cá para mim, foi o meu amigo Neptuno que achou que devia fazer uma patifaria ao Ventor que tinha caminhado, durante 21 dias, no mais pacífico dos mares, desde Lisboa até à cidade das acácias, no Índico.
Ainda hoje tenho nos meus ouvidos o roçar do casco do Niassa, aprisionado no fundo da Baía do Espírito Santo, tal como sempre tenho nos ouvidos, esta bela canção do João Maria Tudela.
Que o Senhor da Esfera te proporcione um descanso em paz, João Maria Tudela.
Kanimambo.
Kanimaaaaaamboooooooo ....